Alimentação saudável é algo que todos devemos ter, comer bem, direitinho, comida de qualidade. Gostamos de gordices, porém não podemos deixar virar rotina, pois temos que pensar na saúde. Aqui em casa mantenho a rotina de alimentação saudável, com legumes, verduras diariamente nas refeições, os mais velhos comem tranquilamente, mas Letícia tenho que insistir. Primeiro de tudo é dar exemplo, isso todos mundo sabe e é o certo, não adianta você querer que seus filhos comam verduras sendo que você mesmo não come. É sempre uma novela fazer com que Letícia coma o mínimo, tem que ter muita conversa e uma das coisas que come são rúcula, beterraba e cenoura! Pelo menos alguma coisa né? Sempre busco dicas para me ajudar nessa tarefa e em minhas pesquisas uma pediatra Felícia Szeles explica algumas “técnicas” que ajudam a tornar a alimentação menos estressante e mais saudável. Não pude deixar de compartilhar aqui, pois sei que muitas mamães também tem dificuldade com a alimentação saudável com seus filhos, desde bebê até mais velhos.
Se você nunca teve ou tem inseguranças com a alimentação dos filhos, que atire a primeira pedra. A preocupação é válida, já que uma boa alimentação é fundamental para o desenvolvimento completo da criança, principalmente do ponto de vista do sistema imunológico. Além disso, os primeiros dois anos são muito importantes na formação do paladar do bebê e isso é um dos motivos da proibição de certos alimentos como o doces em geral, refrigerantes, açúcar e frituras, não são indicados.
Para tentar melhorar a aceitação alimentar, compartilho aqui 7 dicas da pediatra Felícia Szeles:
Dê O Exemplo.
Criança aprende, vendo! Se a família tem uma rotina alimentar saudável, come no horário certo, todos na mesa, sem telas e as comidas são adequadas e nutritivas, existe uma grande chance dos pequenos imitá-los.
Faça da refeição um momento especial
A comida fica ainda mais apetitosa se estiver bem arrumadinha e com a família reunida à mesa. Participar das refeições com as crianças estimula uma boa alimentação. Faça dessa hora um tempo especial, leve e divertido.
Pratos coloridos são sempre mais atraentes
Criança gosta de cor e, por isso, pratos com alimentos de cores mais vibrantes e misturadas, é mais atraente e pode ser a porta de entrada para explorar novos alimentos. Quanto mais colorido, mais nutritivo. Gosto de dizer que prato bom é aquele que tem 5 cores. Use a criatividade para variar bastante, misture legumes, folhas, frutas e grãos.
Respeite seu filho
Muito importante ter paciência e respeitar os sinais de saciedade de seu filho. Ele não precisa raspar o prato. Sua função é oferecer alimentos saudáveis, mas o quanto querem comer, eles que devem dizer. Crianças precisam experimentar de tudo, várias vezes e de diversas formas diferentes. Não desanime se houver recusa no início, é muita novidade (textura, gosto, cheiro) e o segredo é sempre reapresentar os alimentos e ter muita paciência. Deixem que eles cheirem, amassem, brinquem com a comida, isso ajuda muito a autonomia e melhora a aceitação alimentar.
Cozinhem juntos
Usar o tempo de preparo da refeição como forma de conexão de família e de aprendizado, estimula ainda mais a criança a comer melhor, já que existe uma satisfação maior de comer o que ajudou a fazer. Use esse tempo para explicar sobre os alimentos, ensinar a contar e até mostrar como misturar as coisas – claro que sempre com muito cuidado e bem longe de facas e afins.
Se o bebê ainda não estiver apto a ajudar no preparo, mantenha ele por perto e vá conversando, explicando o que está fazendo e os benefícios daquele alimento.
Não use recompensas por se alimentar bem e nem imponha castigos
Um dos maiores erros dos pais é barganhar com os filhos em troca de comerem bem e/ou tudo o que está no prato. As frases mais comuns, costumam ser: “Se comer tudo, te dou aquela bolacha que gosta”; “Se não comer a salada, não vai ver desenho”; “Se não se alimentar bem, vai ficar doente e ter que tomar injeção que dói”.
Essas recompensas e medos não ajudam em nada e podem criar uma dinâmica complexa. Converse de forma objetiva e mostre os benefícios de uma boa alimentação. E quanto mais as refeições forem cercadas de bons momentos, mais a criança fica estimulada. Nada de brigas de casal ou assuntos pesados na mesa. E lembre-se: se coloque à disposição da criança para entender o motivo dela não querer comer. O diálogo é a base de tudo;
Procure ajuda
Caso perceba que seu filho está com dificuldade de manter uma alimentação equilibrada – seja para mais ou para menos, peça apoio. Converse com o pediatra, exponha as principais dificuldades e, se necessário, busque ajuda de uma equipe multidisciplinar, com nutricionista e psicóloga, por exemplo. “Não é difícil criar um ambiente favorável a uma boa alimentação é uma ótima oportunidade para melhorarmos nossos métodos alimentares. O que eu sempre digo para as famílias que acompanho, é: crianças são os reflexos dos pais, em tudo. Sejam bons exemplos”, explica a Dra. Felícia.
Eu adorei essas dicas e apesar de seguir a maioria, vou tentar usar outra estratégia.
Dra. Felícia Szeles
Formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC – Campinas), é especialista em Pediatria e Alergia e Imunologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.Pediatra nas áreas de Puericultura, Infância e Adolescência, também realiza acompanhamento pediátrico pré-natal em gestante. Como Alergista, atua com foco no atendimento infantil.