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Como a endometriose pode afetar a saúde da mulher

ETC e TAL - Autor Convidado - 21 de dezembro de 2019

Cuidar da saúde do corpo e a beleza pode ser por vezes difícil com a correria do dia a dia, mas sempre se dá um jeito para se dedicar ao seu autocuidado.

Além dos cuidados de beleza práticos mesmo com uma rotina agitada, a mulher também deve estar atenta aos indicativos do seu corpo, incluindo, por exemplo, as dores menstruais mais severas.

A menstruação é um período natural onde todas as mulheres irão experimentar, para algumas os efeitos são apenas relacionados ao humor, dores como cólicas e enxaquecas, isso varia conforme cada organismo.

No entanto, em alguns casos, as dores menstruais podem surgir mais rigorosas, prejudicando até sua disposição para os afazeres do dia.

Estar atenta aos sintomas do seu corpo é essencial para ter um possível diagnóstico e posteriormente um tratamento adequado.

O que é a endometriose?

A endometriose é um crescimento do tecido endometrial fora das paredes uterinas, ou seja, em outras regiões do corpo agindo semelhante a um tecido endométrico do útero, em cada menstruação ele tenta se soltar das cavidades.

O tecido endométrio é o responsável pela nutrição e cuidado do bebê, por isso, esta doença pode causar infertilidade quando não tratada com antecedência.

Sendo assim, a endometriose afeta aproximadamente 7 milhões de mulheres de várias idades no Brasil.

Diante disso, ela é uma doença multifatorial que pode causar alterações psicológicas e desequilíbrios físicos.

Uma mulher com endometriose pode não sentir os sintomas fisicamente, assim é preciso toda uma investigação de uma clínica especializada, como na Humanize Diagnósticos.

Quais os principais sintomas da endometriose?

A cólica menstrual é um dos sintomas mais comuns entre as mulheres, porém, com a endometriose é diferente, as dores são intensas.

Outro sintoma são as dores durante a relação sexual, que vão além daquele desconforto por falta de lubrificação, ocorrendo muitas vezes fortes dores durante a penetração.

Além de dor ao menstruar, podem ocorrer desconfortos ao evacuar recorrentes, já que a endometriose pode trazer alterações intestinais.

Na endometriose as infecções urinárias são habituais no período da menstruação, com fortes dores na bexiga ao urinar.

Mulheres que já tiveram filhos também podem ser afetadas pela doença, podendo ser percebidas principalmente por aquelas que já fizeram cesariana. O que ocorre é uma protuberância na região do corte, com nódulos doloridos durante a menstruação.

Na região do umbigo e demais áreas do abdômen também podem apresentar nódulos que crescem e doem de maneira localizada.

Quais os tratamentos indicados para endometriose?

O diagnóstico da endometriose é feito a partir de ultrassonografias e exames capazes de identificar com precisão a doença.

Depois do diagnóstico, o prognóstico começa com o tratamento da amenização das dores com medicamentos hormonais e para casos mais graves a cirurgia.

Alguns hábitos como exercícios físicos e mudanças na dieta podem auxiliar no tratamento da doença.

Vale ressaltar que fazer o exame de colo de útero anual e, consultar um médico por pelo menos duas vezes ao ano é fundamental para o cuidado da saúde da mulher.

E para as mulheres que queiram engravidar, a endometriose não é um empecilho, pois com o tratamento adequado a gestação pode ser possível acontecer.

Guest Post enviado por Bianca Costa



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Supressão menstrual e a qualidade de vida da mulher

ETC e TAL - Nique - 8 de julho de 2022

A menstruação é, sem dúvida, um período que costuma causar desconforto para as mulheres. Cólicas, dor de cabeça, irritabilidade, inchaço e dor nas mamas e mudanças de humor são alguns dos sintomas que acompanham o ciclo menstrual que, normalmente, ocorre no intervalo de 28 a 30 dias, e que consiste no espaço de tempo entre uma menstruação e outra e que faz parte do processo reprodutivo da mulher.

É durante o ciclo menstrual que o corpo se prepara para a gravidez. A menstruação corresponde ao processo de descamação do endométrio -membrana interna do útero – quando não há a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. A camada espessa, formada durante o período de preparação da gestação desprende-se da parede uterina ocasionando o sangramento.

É ainda nesta fase que ocorrem importantes mudanças no organismo feminino devido às oscilações hormonais. Para o Dr. Walter Pace, Professor Doutor em Ginecologia e Titular da Academia Mineira de Medicina, os hormônios trazem, muitas vezes, uma série de manifestações clínicas que podem propiciar alterações emocionais. “Como eles (hormônios) vão mudando durante o mês, os níveis aumentam e diminuem, o que faz com que haja alternância de comportamento da mulher e de sensibilidade a esses hormônios”, afirma Pace.

Esse é um dos fatores que tem incentivado mulheres a buscarem tratamento para suspender a menstruação, pois o bloqueio do ciclo menstrual favorece o equilíbrio no comportamento feminino que, naturalmente, é afetado por conta de intensas variações hormonais que ocorrem desde a fase ovulatória até o período pré-menstrual.

Entenda os benefícios da supressão menstrual para a saúde da mulher

Para muitas mulheres, a supressão da menstruação, que significa interromper a menstruação, ainda é um assunto que envolve alguns tabus. Resistência associada a fatores culturais e a falta de informação podem influenciar na decisão da mulher de bloquear ou não a menstruação, mesmo quando surgem sintomas que interferem na qualidade de vida.

O tema ganhou notoriedade no Brasil e no mundo a partir dos estudos do Dr. Elsimar Coutinho, Professor Doutor em Ginecologia e cientista renomado que com pioneirismo defendeu a ideia de que a menstruação é um sangramento desnecessário ou inútil. Entre as suas contribuições para a ciência destacam-se “Is Menstruation Obsolete?” (A Menstruação é Obsoleta?”), publicado pela Oxford University Press, e “Menstruação, a sangria inútil” – em que revelou como a supressão menstrual pode contribuir para a saúde das mulheres.

Manter a estabilidade em relação ao nível de hormônios no organismo é uma das principais vantagens da supressão menstrual e que colabora, sobretudo, para minimizar impactos do ponto de vista comportamental. Outro fator que merece ser destacado é que a menstruação pode causar consequências à saúde   quando o sangramento ocorre em excesso, nesses casos não é raro o surgimento de anemias e doenças infecciosas.

É importante dizer que existe uma série de doenças que são hormônio dependentes, ou seja, quando não há o equilíbrio dos hormônios elas podem ficar mais prevalentes ou evoluírem mais rapidamente., principalmente, o estrogênio, que estimula a formação e o agravamento de doenças tais como, a endometriose, a miomatose, hiperplasia doenças de mama, entre outras.

A supressão menstrual deve ser indicada nos casos em que a mulher apresenta sintomas que inviabilizam ou pioram a sua qualidade de vida, a exemplo de sangramento excessivo, tensão pré-menstrual (TPM), oscilações significativas de humor e as doenças hormônio dependentes – já mencionadas.

O Dr. Walter Pace explica que suspender a menstruação não tem correlação com prejuízos à saúde da mulher, ao contrário, interromper esse processo pode prevenir doenças que prevalecem quando as mulheres menstruam. Além disso, diferente do que muitas pessoas pensam, não interfere na fertilidade da mulher, e, em algumas situações, protege.

 Quais são os métodos para interromper a menstruação?

Há muitas formas de suspender a menstruação, a mais conhecida é por meio da utilização de pílulas anticoncepcionais. Em muitos casos, as mulheres recorrem a esse tratamento com o intuito de se livrar dos sintomas característicos dessa fase, com as cólicas e a tensão pré-menstrual, a TPM. No entanto, também há situações em que a supressão menstrual é indicada com o propósito de reduzir os riscos de doenças hormônio dependentes mais graves, como por exemplo, a endometriose, o câncer de útero e de ovário.

Hoje existem inúmeras alternativas medicamentosas capazes de diminuir os efeitos colaterais proporcionado pelo uso diário das pílulas. Os mais eficazes são os implantes hormonais e o DIU, que possuem medicamentos que não passam, inicialmente, pelo fígado, minimizando os riscos e efeitos colaterais.

“Os implantes hormonais nada mais são do que uma via de administração de hormônios”, afirma o Dr. Walter Pace. É comum a utilização desses hormônios para bloquear a ovulação, tratar desequilíbrios hormonais, assim como nos casos de doenças hormônio dependentes. Ademais, os tratamentos podem ser individualizados, com substâncias e doses específicas para cada paciente.

“Quando se fala de anticoncepção e supressão da menstruação utilizamos os progestágenos (progesterona sintéticas) com características diferentes e que podem ser adaptadas a situação clínica de cada mulher. A quantidade de hormônios é infinitamente menor e há uma constância na liberação desses hormônios quando os implantes são inabsorvíveis”, reitera Pace.

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Gravidez após os 40 anos: o que toda mulher deve saber

Maternidade - Nique - 29 de junho de 2022

Realidade no Brasil, Europa e EUA, o adiamento da maternidade não é isento de riscos. Médica ginecologista da clínica Origen BH fala sobre o envelhecimento ovariano e o desafio de equilibrá-lo com as aspirações femininas e as transformações sociais da atualidade

A importância de se preparar adequadamente para uma gravidez é vital para mulheres em todas as idades, mas reveste-se de importância maior naquelas que planejam engravidar numa idade mais “avançada”. O chamado cuidado pré-concepcional é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “o fornecimento de intervenções biomédicas, comportamentais e sociais de saúde para mulheres e casais antes que ocorra a concepção”. A meta é melhorar a saúde dos futuros pais, não só da mãe, modificando comportamentos e fatores ambientais que podem afetar a saúde materna e infantil. Estudos revelam a importância do ambiente intrauterino saudável na modulação de doenças no futuro indivíduo.

De acordo com a médica ginecologista da clínica Origen BH, Márcia Mendonça Carneiro, professora associada do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), embora não exista uma definição clara de idade materna avançada, é sabido que a idade da mulher é ponto crucial na determinação da qualidade e saúde de óvulos e embriões e há uma queda significativa após os 35-37 anos.

“Dessa forma, define-se idade materna avançada este período a partir do qual ocorre o declínio das chances de gravidez. Muitas mulheres consideram um erro crasso de engenharia ovariana esta redução da fertilidade num período no qual se sentem preparadas do ponto de vista físico, emocional e financeiro para iniciar a jornada rumo à maternidade. Mas, infelizmente, não há, até o momento, um método eficaz que seja capaz de reverter o envelhecimento ovariano para equilibrá-lo com as aspirações femininas e as transformações sociais”, diz a médica, que coordena a equipe multidisciplinar de Endometriose Hospital das Clínicas (HC/UFMG) e integra a diretoria da Sociedade Brasileira de Endometriose.

Ainda assim, as estatísticas mostram que as mulheres têm cada vez mais escolhido adiar a maternidade para após os 40 anos. “Entre 2013 e 2018, houve aumento de 36% no número de partos em mulheres entre 40 e 44 anos. Dados semelhantes também são encontrados nos Estados Unidos onde o número de mulheres que têm seu primeiro parto acima de 40 anos de idade vem aumentado desde a década de 1990”, pontua a médica. Ainda segundo ela, pesquisas revelam que na Europa 72% das mulheres com idade média de 32 anos não planejam engravidar nos próximos três a cinco anos, e no Brasil, o número pode chegar a 40%.

“A decisão de adiar a gravidez para após os 40 anos não é isenta de riscos, sendo o principal deles a infertilidade relacionada à tão falada perda da qualidade os óvulos, que não é corrigida pela realização de tratamentos de alta tecnologia como a fertilização in vitro (FIV)”, acrescenta a especialista em reprodução humana.

De acordo com Márcia Carneiro, a idade não afeta apenas a reserva ovariana, mas também a qualidade do óvulo, o que também aumenta o risco de abortamento que pode chegar a 51% na faixa etária entre 40 e 44 anos de idade e 93% após os 44 anos.

Uma questão pouco abordada e que, segundo a médica vem ganhando destaque na atualidade, é a idade paterna. Até então, perante a medicina, os homens poderiam gerar filhos saudáveis até depois dos 60 anos, pois, aparentemente, os ‘estoques’ de espermatozoides não teriam prazo de validade como a reserva ovariana feminina. “Estudos publicados recentemente têm contestado essa ideia, revelando uma possível associação com infertilidade, taxas de abortamento e até com piores resultados na fertilização in vitro (FIV). Homens acima de 40 anos também têm risco aumentado de doenças que podem impactar a saúde do futuro bebê. Dessa forma, como o embrião representa 50% do pai, o cuidado pré-concepcional também se estende aos homens, que devem receber orientações sobre dieta, atividade física, controle do peso, tratamento de doenças subjacentes e suspensão de tabagismo entre outras”, pontua. O uso de medicamentos e suplementos para aumentar performance física e massa muscular de pessoas do sexo masculino também devem ser cuidadosamente avaliados.

Apesar dos avanços na medicina, a idade materna ainda é o fator de maior relevância associado ao aumento da infertilidade e dos riscos de complicações obstétricas. Dessa forma, se preparar adequadamente para a gestação é vital, sugere a médica. “Procurar seu ginecologista para fazer uma avaliação de possíveis fatores de risco relacionados à infertilidade, como irregularidade menstrual, história de cirurgias ovarianas e endometriose, assim como fazer exames para avaliar a reserva ovariana, são medidas essenciais para o planejamento de uma gestação saudável”, orienta.

Para as mulheres que sonham com a gravidez, mas querem desenvolver-se na vida profissional e pessoal antes de se dedicarem à maternidade, a médica alerta que não perder tempo é crucial, uma vez que o avançar da idade pode estar associado a doenças como a hipertensão e o diabetes, que aumentam o risco gestacional e que precisam ser devidamente controladas antes da gravidez.

“A obesidade, que aumentou 67% nos últimos 15 anos no país, pode estar relacionada à infertilidade e resultados obstétricos adversos, como abortamento e complicações materno-fetais, que podem se estender ao pós-parto. Além disso, não fumar, conferir o cartão de vacinação, praticar atividade física regular e reduzir o consumo de alimentos ultra processados são medidas recomendáveis. Como não há um protocolo único estabelecido, a avaliação deve ser individualizada na tentativa de otimizar a fertilidade, assim como a saúde materna e fetal”, complementa.

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