O Clomifeno, também conhecido como Clomid é um medicamento utilizado para estimular a ovulação em mulheres que não ovulam, por possuir propriedades anti-estrogênicas que podem propiciar a gestação.

Antes de iniciar o uso do Clomid é importante ter certeza de que você é infértil, para isso basta realizar um teste de fertilidade. Por isso o acompanhamento médico é primordial, para ter certeza de que esse é o tratamento ideal para o seu caso, se o teste de fertilidade for negativo, pois essa tem diversas causas e nem todas podem ser solucionadas com Clomid, ele tratamento é indicado principalmente para casos de anovulação (suspensão ou cessação da ovulação) . Talvez seja solicitado também ao parceiro um teste de infertilidade.

An open pack of birthcontrol pills on a white background with shallow depth of field

Ao constatar  a existência da infertilidade e ter como tratamento indicado o Clomid, será necessário agendar uma consulta com seu ginecologista no primeiro dia do ciclo menstrual para verificar se a mulher encontra-se apta a iniciar o tratamento. Constatado estado saudável, iniciará o tratamento, na maioria dos casos o médico prescreve que a paciente tome os comprimidos no terceiro e/ou quinto dia do ciclo e permaneça durante cinco dias após o inicio, no mesmo horário, por isso é necessário que a mulher tenha um controle do período de início da sua menstruação.

O tratamento normalmente é iniciado com doses baixas do medicamento (50mg/dia), para reduzir as chances de desenvolvimento de cistos, efeitos colaterais e gestações múltiplas. Efeitos que podem ser causados caso a paciente tome doses maiores que as prescritas. As doses poderão ter sua quantidade elevada, tão somente se a paciente não engravidar, todavia essa deverá ser prescrita pelo médico. É importante ressaltar que tomar se deve tomar as doses sempre no mesmo horário e não falhar nenhum dia, caso esqueça uma dose, ou atrase para toma-la, deverá entrar em contato com seu ginecologista e jamais tomar doses duplas para “compensar” a que não tomou.

Após o inicio do tratamento diversas ações deverão ser realizadas juntamente com o uso do Clomid, entre elas a mais importante é o monitoramento da ovulação, a partir do 12º dia do ciclo, essa ocorre normalmente no 16º ou 17º dia do cliclo, podendo variar de mulher para mulher e para ter certeza da ovulação o ginecologista poderá solicitar exames como:

– medição da temperatura corporal, pela manhã, pois temperaturas que aumentem para 0,2 ºC podem indicar ovulação para dois dias posteriores;

– uso de testes de ovulação. Esses podem ser encontrados em farmácias, semelhantes aos testes de gravidez, no entanto buscam o hormônio LH – luteinizante – se o resultado for positivo a mulher se encontrará fértil no dia do exame e por até mais dois dias seguidos;

– ultrassonografia, para constatar a maturidade do óvulo;

– medição do nível de progesterona. Seu aumento pode indicar ocorrência de ovulação e possibilidade de gestação.

Sendo a gravidez o foco do tratamento, caso a mulher tenha um parceiro é necessário manter relações sexuais com seu parceiro, principalmente nos dias indicados pelo médico que acompanha o tratamento. Ele saberá o dia da ovulação, assim suas relações deverão ocorrer próximas a essas datas. Caso a opção seja fertilização, a mulher deverá agenda-la previamente com seu médico.

Para saber se o tratamento teve sucesso no primeiro ciclo de uso do Clomid, basta realizar um exame de farmácia. Normalmente, se a mulher não menstruar após 15 dias do pico do LH o médico solicitará um exame de gravidez. Caso essa seja confirmada não é necessário iniciar um novo ciclo do tratamento. Sete em cada dez mulheres possuem resultados positivos no uso desse tratamento.

Restrições e sintomas colaterais:

 O medicamento não deve ser utilizado por mais de sete ciclos, caso tenha insucesso, procure seu médico e solicite um novo tratamento utilizando outro medicamento;

 Cistos podem se formar devido o estimulo de ovariano, por isso se faz necessária a realização de ultrassom antes e após o inicio do tratamento, para detectar a existência previa ou não desses, pois o medicamento é contraindicado para pacientes detectados com cisto ovariano, exceto em casos de ovário policístico, pois nesse caso pode ocorrer a dilatação adicional do cisto;

 Não deve ser utilizado por gestantes e lactantes;

 Não deve ser utilizado por pacientes com hipersensibilidade ao citrato de clomifeno ou qualquer componente da fórmula;

 Não é indicado à pacientes com constatação de insuficiência hepática.

*Este é um guest post escrito por Denise Coelho