Fisioterapia no tratamento da incontinência urinária (perda involuntária da urina)

Ao tossir, espirrar, pegar um peso ou caminhar há perda de urina, mesmo que pouco? Se isso acontece, sim você tem incontinência urinária.

Essa patologia ocorre por uma saída involuntária da urina pela uretra, ocorre geralmente em mulheres entre 50 e 60 anos, mas também afeta a jovens e homens. Existem vários fatores que podem levar a incontinência, mas o principal ainda é devido a uma flacidez na musculatura do assoalho pélvico (períneo). Essa flacidez pode ser causada por hereditariedade, tipo muscular, múltiplas gestações, falta de exercício, alterações hormonais, menopausa. É classificada em 3 tipos: aos esforços; por urgência e mista. Quando ocorre uma perda urinária ao espirrar, tossir ou pegar uma carga classifica-se como incontinência urinária aos esforços. Lembrando que essa perda pode ser em pingos como em jatos. Isso ocorre devido a flacidez da musculatura do assoalho pélvico, ou como conhecida popularmente, períneo. A incontinência urinária por urgência ocorre por vontade súbita de urinar, a pessoa perde urina antes de chegar ao banheiro. A incontinência mista é a associação dos dois tipos de incontinência citados acima. Pode ocorrer perda urinária em homens, geralmente após uma cirurgia de retirada do câncer de próstata. É necessário que após a retirada da sonda e com a liberação do médico, já inicie a fisioterapia.

Não esquecendo de citar que essa patologia não ocorre somente em pessoas mais velhas. Atualmente em meu consultório tenho tratado jovens com idades entre 15 a 30 anos. Por isso é necessário tamanha observação e prevenção.

Algumas pessoas tratam essa patologia como comum ou acreditam que com o tempo venha a passar. Enganam-se é fundamental que procurem um urologista o mais cedo possível e em seguida um fisioterapeuta especialista nesse tipo de tratamento. A fisioterapia fortalece os músculos do assoalho pélvico de modo que o períneo fique tão fortalecido que impeça a perda involuntária da urina. São utilizados cones vaginais associados aos exercícios de kegel, e a eletroestimulação através de aparelhos de eletroterapia e biofeedback. O resultado tem se mostrado muito positivo evitando que o paciente realize uma cirurgia.

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Dra. Juliani Bittencourt Costa
CREFITO: 120897-F
Especialista em Uroginecologia e Obstetrícia
Mestre em Psicanálise e Saúde
Formação em RPG Souchard