Quando eu era pequena eu não pensava o tão difícil é ser mãe e se eu seria capaz de ser uma boa mãe para meus filhos. Como assim Nique? Você pensava em ser mãe desde pequena? Pois é, sempre foi minha escolha, aquela típica pergunta: O que você quer ser quando crescer? E sempre dizia: Quero ser mãe e ter muitos filhos, pois nunca estarei sozinha e sempre serei amada.
Talvez seja por ver minha mãe em casa, sempre com a gente, se preocupando com as tarefas domésticas, sempre com uma palavra de carinho, dedicando integralmente a nós, os filhos. Queria ficar em casa, pois achava que era muito fácil ser mãe e não ter que trabalhar fora. Sabe de nada inocente!
É claro que não tinha noção de tamanha responsabilidade, dedicação, paciência e amor que teria que passar, que essa profissão seria a mais exaustiva sem hora de entrada e saída, uma carga horária pesada, de mais ou menos 24 horas.
Não me arrependo dessa escolha. Fui mãe muito cedo, o que não foi proposital, tem coisas na vida que acontece pra nos ensinar, mas acredito que consegui dar conta do recado mesmo com meus 20 anos, pois tive uma boa base materna, minha mãe também foi mãe nova e sempre foi muito dedicada nos ensinou o melhor sentido da maternidade. AMAR E AMAR!
Como disse fui mãe aos 21, tive certa experiência por ajudar a cuidar da minha irmã caçula Júlia e sempre brincava que ela era minha filha, dava banho, escolhia roupa, arrumava cabelo, fazia penteados, dava comida e até dormia comigo às vezes, na verdade quase sempre.
Tenho uma ligação muito forte com a minha irmã caçula desde a barriga da minha mãe, o meu sentido materno já era “ligado” desde então, eu tinha 15 anos quando ela nasceu. Quando engravidei do meu filho mais velho ela ficou ainda mais agarrada a mim, o que achava que não aconteceria, ela se comportava como a irmã mais velha, muito amor.
Com as situações e necessidades da vida não tive a oportunidade de ver meus filhos crescerem do jeito que gostaria, ver engatilhar, dar os primeiros passos, sempre trabalhei fora, perdi muita coisa por ter que deixá-los com as avós, mas foi necessário, não tinha outra opção. E muitas mães trabalham fora, conseguem ser dedicadas e atenciosas, nada impede, mas eu queria estar presente em todos os momentos assim como minha mãe esteve presente em todos os momentos do meu crescimento.
Pode até parecer bobeira, mas para uma mãe, perder esses momentos é de cortar o coração. Ter que deixar seu filho depois de 4 meses inteiros (licença maternidade) dedicados excepcionalmente a eles é crueldade. Só eu sei o quanto chorei a caminho do trabalho, a cada leite que vazava do seio dolorido, pois sabia que estava na hora da mamada do dia. Ser mãe transforma a gente!
Hoje, em casa, não por opção, pois sei o quanto uma renda a menos faz falta aqui em casa e por isso estou em busca de novos projetos para acrescentar na renda, e ao mesmo tempo me dedicar aos meus filhos pois assim não terei que deixar a responsabilidade de um cuidar do outro ou contar com a ajuda da família que nem sempre está disponível. Estou me adaptando, por que a rotina de quem trabalha fora não é fácil, mas trabalhar em casa é importante uma grande organização e disciplina, para que as coisas não saiam do controle. Por você estar em casa as crianças vão achar que estará sempre a disposição e é preciso conversar e explicar a situação, pois senão vira um caos e você não vai conseguir atingir seus objetivos diários e fazer com que seu trabalho seja produtivo.
Você que já é mãe e trabalha fora, uma dica que dou: Dê atenção ao seu filho, sei que você chega do trabalho cansada e que o cansaço e as obrigações do dia a dia muitas vezes nos impedem de dar a atenção que eles precisam, tive essa rotina por muito tempo, sei como é. Isso vale também para os papais, que mesmo não estando grande parte do dia com os filhos, eles sentem faltam da atenção paterna e a mamãe também precisa que as tarefas sejam dividas, para não sobrecarregar ninguém. Senta, pergunta como foi o dia, o que aconteceu de legal e o que não foi legal, conte uma história, o coloque pra dormir, dê um beijo de boa noite, dê risada, desconecte-se. Vai fazer bem pra você e pro seu filho.
E pra você, que não é mãe, pense nessa escolha. É cansativo, muitas vezes exaustivo, porém é um amor infinito, sincero e incondicional, você nunca vai sentir nada igual. Vale a pena ser mãe, mesmo a tanto caos. Até rimou! rs
Agradeço a Deus pela dom da maternidade e com isso a cada dia aprendo a ser uma pessoa melhor. Tem seus altos e baixos, o que é normal. Nada na vida é fácil. Não sou uma mãe perfeita, estou longe de ser, porém sou a mãe que Deus deu a meus filhos e quero fazer o melhor para eles sempre. Essa é a minha responsabilidade, essa é a profissão que Deus me deu e preciso estar 100% pra eles.
Obrigada mãe, por ser a mãe perfeita pra mim e avó dedicada que é para meus filhos. Você me ensinou a ser uma mãe sem neuras e é isso que sou.
Ah! Desculpe o post longo, mas falar de maternidade é algo que gosto e que vocês verão muito por aqui, por que esse é o foco do blog, não é mesmo, porém não exclusivo, aqui é um mix de informações sobre o universo feminino. Ser mãe é ser mulher antes de tudo!